Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Pesquisa realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), revela que 80% dos empresários acham que a taxa de juros "afeta" negativamente os negócios. Apesar disso, 8 % dos entrevistados disseram estar muito confiantes com relação aos negócios da empresa em 2005, 72% se mostraram confiantes.
A pesquisa revelou também que 13% dos empresários estão pessimistas em relação em 2005 e Outros 2 % estão "muito pessimistas", 5 % estão indiferentes ou acham que a situação deve permanecer a mesma.
Na pesquisa, feita com 416 empresários associados à Ciesp, entre 29 de novembro e 6 de dezembro com micro, pequenas, médias e grandes empresas, 71% disseram que suas empresas estão acompanhando o crescimento neste ano com boa perspectiva para o ano que vem. Outros 29% disseram que não estão apresentando crescimento.
Sobre a estimativa no volume de produção em 2005, em comparação à 2004, 13% estimam que o aumento será "acentuado", 50 % acreditam que o volume será maior se comparado com este ano, 28% esperam estabilidade, 7 % em queda e 2 % apostam em "queda acentuada".
Em relação ao governo Lula, 46% disseram que é ótimo ou bom. Outros 17 % classificaram como regular; 28 % ruim e 9 % péssimo.
Ainda de acordo com a pesquisa, 64 % dos empresários paulistas vêem como "risco" o reconhecimento da China como economia de mercado, enquanto 36 % encaram o país asiático como oportunidade. Para os que enxergam risco, 57 % disseram temer a invasão do mercado brasileiro por produtos de baixo custo. Já para os que vêem oportunidades, 47 % acreditam que poderão ampliar suas exportações ou começar a exportar para a China.
A margem de erro da pesquisa é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos. E segundo Cláudio Vaz, presidente da Ciesp, a pesquisa tem "um grau de confiabilidade alto". Vaz avalia que em 2005 a economia deve registrar um crescimento "bom" em torno de 4 % para o Produto Interno Bruto (PIB). O crescimento da indústria paulista pode chegar a 5 % e do nível de emprego em torno de 3,5 %.Nos últimos doze meses encerrados em outubro, a indústria contratou 88.500 trabalhadores.
