Shaiana Campelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Governo amplia tratamento supervisionado para os pacientes com tuberculose no Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia: a Secretaria de Saúde de cada Estado vai acompanhar, por meio do Tratamento Observado para a Tuberculose (Dots), os pacientes no seu dia-a-dia para tentar impedir que eles abandonem o tratamento e se tornem resistentes aos medicamentos que tratam da doença.
Técnicos das secretarias estaduais de saúde participaram esta semana, em Brasília, de uma oficina para estudar estratégias de combate à doença. Essa oficina já foi realizada, este ano, nos Estados do Maranhão, Bahia, Ceará e Pernambuco.
O diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Espedito Lima, explicou que "uma vez diagnosticadaa tuberculose, o tratamento leva seis meses. Durante o primeiro mês, o paciente já apresenta melhora e aparenta estar curado. O problema é que muita gente abandona o tratamento e a doença acaba voltando resistente aos medicamentos."
Apesar de ter cura, a tuberculose apresenta, por ano, 85 mil novos casos no Brasil, levando cerca de seis mil pessoas à morte. Em 2004, os índices de cura da tuberculose aumentaram de 71% para 75% no país. A meta do Ministério da Saúde é alcançar no próximo ano o índice de 85%. Por isso, destaca o diretor, "a secretária vai levar o remédio à casa do paciente e, se necessário, vai dar o medicamento na boca do doente".
A tuberculose é transmitida pelo ar e atinge todos os órgãos do corpo, principalmente o pulmão. A responsável pela doença é uma bactéria, o bacilo de Koch. A principal medida para controlar a doença é o diagnóstico precoce. Os sinais mais comuns são a tosse ininterrupta por 21 dias, febre, suor durante a noite, dor no peito e perda de peso.
Essa oficina já foi feita também, este ano, nos estados do Maranhão, Bahia, Ceará e Pernambuco.