Recursos do Banco do Brasil para bibliotecas rurais vão atender comunidades em Pernambuco e Piauí

08/12/2004 - 15h29

Bianca Estrella
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Banco do Brasil através de seu projeto BB/Fome Zero vai destinar recursos para o Programa de Bibliotecas Rurais Arcas das Letras em comunidades rurais atendidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). No início de 2005, as primeiras Arcas das Letras, implantadas com recursos dessa parceria, serão entregues a comunidades quilombolas de Pernambuco e no Piauí.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, o MDA aprendeu que a população quer acesso a crédito rural, mas também quer direitos, como o acesso à leitura e ao conhecimento. "A Arca das Letras traduz o nosso compromisso dessa visão maior de cidadania de um povo que tem direito a uma vida digna que vai além das questões materiais", afirmou Rossetto. "Esta biblioteca rural representa para milhares ou milhões de homens e mulheres o primeiro acesso a um livro".

Para o presidente do Banco do Brasil em exercício, Rossano Maranhão Pinto, o banco é um órgão público que deve estar engajado em prjetos de inclusão social. "Só o crédito disponibilizado para comunidades rurais não é suficiente para mudar a realidade. A leitura é um processo que ajuda enormemente na transformação de um povo", declarou Rossano.

A coordenadora de ações culturais do MDA, Cleide Soares, afirmou que um percentual do que é arrecadado nas bilheterias do Centro Cultural Banco do Brasil será destinado à implantação de mais bibliotecas. "Uma renda variável que gira em torno de R$ 13 mil por mês", afirmou. "Em Angical, no Piauí, já podemos contar com a parceria do Banco do Brasil que através de uma agência bancária identifica comunidades que podem participar do Arca das Letras".

Desde o lançamento do programa, em dezembro de 2003, a Arca das Letras foi implantada em 415 comunidades, beneficiando mais de 37 mil famílias com a distribuição de 94 mil livros. A iniciativa está integrada a outros ministérios: o do Meio Ambiente doa madeira apreendida pelo Ibama; o da Justiça viabiliza a produção das caixas-estantes, fabricadas nas marcenarias de presídios estaduais; e o da Educação coordena a doação de livro para o acervo.