Danielle Gurgel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dos 21 mandatos de prisão emitidos na chamada Operação Faroeste pela Polícia Federal no Pará, 18 foram executados nesta terça-feira (07). As três prisões que faltam ser cumpridas são de funcionários do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra) do estado. Oito funcionários do órgão já foram presos. De acordo com o delegado de Santarém, responsável pelo caso, Ualame Fialho Machado, dois dos três foragidos devem se apresentar à delegacia amanhã. "Recebemos um telefonema de um advogado esta tarde (quarta-feira) e ele nos informou que amanhã irá apresentar dois de seus clientes", explica.
A operação investiga acusados de integrar uma quadrilha especializada em grilagem de terras públicas no Oeste do Estado, especialmente na cidade de Santarém. De acordo com o delegado, duas mulheres, parentes de servidores do Incra, foram ouvidas ontem e tiveram suas prisões revogadas. "Elas colaboraram com as investigações, entregaram toda a documentação, inclusive documentos internos do Incra. Em função de terem ajudado na construção do inquérito, nós solicitamos ao juiz a revogação temporária da prisão delas". O delegado explicou, no entanto, que elas foram liberadas preliminarmente e ainda podem ser chamadas para outros esclarecimentos.
A primeira parte da Operação Faroeste consistiu na execução de mandados de busca e apreensão, no mês de abril. O objetivo desta segunda etapa é, segundo Machado, indiciar todas as pessoas envolvidas com grilagem de terras e, ao término de cinco dias, apresentar o relatório à Justiça.