Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 7,31%, aponta pesquisa semanal que o Banco Central realiza toda sexta-feira com instituições e analistas de mercado sobre a tendência dos principais indicadores da economia. O cálculo para a inflação de 2005 foi mantido em 5,80%.
Pela projeção desta segunda-feira (6), houve leve aumento em relação ao cálculo de 7,26% da semana anterior, embora a expectativa para a inflação de novembro permaneça em 0,65% e a previsão do IPCA de dezembro tenha passado de 0,59% para 0,60%. O prognóstico de inflação para os próximos doze meses caiu de 6,25% para 6,24%.
A elevação da estimativa de IPCA deste ano decorre, em parte, do aumento dos preços administrados (combustíveis, energia, telefonia e outros), de acordo com o Boletim Focus desta semana. A perspectiva no início de novembro para reajustes acumulados das tarifas administradas era de 8,70%. Índice reajustado para 9% na semana anterior, e agora para 9,20%, em função dos reajustes de combustíveis, principalmente.
Os aumentos dos preços livres foram influenciados também pelo impacto de preços no atacado, cujos reajustes têm sido mais altos que no varejo. Caso, por exemplo, do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que teve a estimativa reajustada de 12,36% para 12,39%, e do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que evoluiu de 12,41% para 12,49%.