Maranhão registra melhora no Índice de Desenvolvimento Humano

05/12/2004 - 7h26

Silva Diniz
Repórter da Agência Brasil

São Luís - O Maranhão registrou importantes avanços sócio-econômicos e deixou de ser o último entre os mais carentes do país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A afirmação é do economista da Universidade Federal do Ceará, José de Jesus Sousa Lemos. "O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Maranhão já apresenta bons resultados. É verdade que em algumas áreas os indicadores não são satisfatórios, mas o governo vai desenvolver um trabalho mais centrado a fim de obter resultados satisfatórios", garantiu o governador José Reinaldo Tavares.

Em um estudo sobre a realidade sócio-econômica do estado, feito com 45 indicadores, foram avaliados a mortalidade, renda e pobreza, desenvolvimento infanto-juvenil, mercado de trabalho, inclusão digital, área de conhecimento e condições habitacionais, confrontando os números do Pnad/2003 do Maranhão com 21 estados. Nele, o consultor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ricardo Paes e Barros, confirmou que apesar do progresso o Maranhão permanece entre os estados mais pobres, junto com Alagoas, Piauí, Acre e Rondônia.

Houve uma redução em 15,17% do número de pessoas que deixaram a zona de exclusão social, o que significa que 893.575 pessoas saíram da linha da miséria e atualmente têm acesso a serviços essenciais, como coleta de lixo, água tratada e saneamento básico. Paes revela ainda que o percentual de renda continua baixo - somente 1,29% da população maranhense ganha acima de 20 salários mínimos - mas houve melhoria entre as famílias que recebiam de zero a dois salários mínimos, cujos números de 2001 apresentavam um percentual de 71% nessa situação, posição modificada em 2003, com o percentual de 59%.

Segundo o Governador José Reinaldo Tavares, mesmo numa situação financeira difícil, o estado pratica uma política correta. "Os números apresentados mostram que tivemos avanços substanciais, mas ainda estamos preocupados com a renda na zona rural. Porém, é um resultado extremamente expressivo que nos dá animo para continuar investindo em políticas que vão melhorar o nosso IDH", afirmou.