BR-101 será alavanca para integração com países da América do Sul, afirma Lula

03/12/2004 - 14h07

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na sexta-feira (3) a ordem de serviço que dará início à duplicação da rodovia BR-101 Sul. Lula visitou os dois trechos mais importantes do projeto, um no município de Torres (RS) e outro em Palhoça (SC).

Ao participar da cerimônia de assinatura em Torres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a obra ajudará a integrar os países da América do Sul. "Temos consciência de que a BR-101 é uma alavanca extraordinária para o desenvolvimento do estado do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, para nossa integração com a Argentina, para nossa integração com os países da América do Sul e, mais ainda, para que a gente não veja pessoas estendidas ao longo das estradas, mortas por acidentes de carro ou por atropelamento".

De acordo com o Ministério dos Transportes, serão duplicados 348 quilômetros da rodovia, 248,5 quilômetros em Santa Catarina e 99,5 quilômetros no Rio Grande do Sul. A obra total envolve a construção de uma nova pista, a restauração da pista existente e 225 obras de infra-estrutura como pontes e viadutos. A duplicação custará US$ 800 milhões. Os recursos são da União, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da iniciativa privada.

Em seu discurso, Lula lembrou que há mais dez anos vê em Santa Catarina ou no Rio Grande do Sul pessoas se manifestando com placas pedindo obras na rodovia. "E nós vamos ter que colocar essas máquinas para trabalhar porque nós precisamos da estrada. Precisamos gerar empregos, nós precisamos gerar desenvolvimento". Segundo Lula, serão investidos R$ 500 milhões somente no próximo ano.

O presidente afirmou ainda que pretende recuperar onze portos e que o ministério dos Transportes terá até 2006 R$ 460 milhões para financias as obras. Ao final do discurso, o presidente disse que irá anunciar no começo de 2005 a duplicação da rodovia BR-101 Nordeste. Lula lembrou do tempo em que era deputado constituinte e que fazia críticas à ferrovia Norte-Sul. "Se eu como oposição não conseguia enxergar a prioridade da ferrovia em 1987, hoje eu tenho clareza que ela é imprescindível para o desenvolvimento da região Centro-Oeste e de uma parte do Nordeste brasileiro".