Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Luís - O 1º Fórum da Mulher na Área Tecnológica, aberto esta semana na cidade de São Luís (MA), quer mudar a visão que a sociedade tem da engenharia. Além de procurar intensificar o reconhecimento da mulher na área tecnológica, o fórum tem a intenção de dar às ciências exatas um papel central na inclusão social.
"É a engenharia, a arquitetura e a agronomia que fazem habitação, fazem ciclovia e cuidam da Amazônia. E o Brasil precisa dessas áreas tecnológicas para o seu desenvolvimento social", diz a idealizadora do fórum, a engenheira mecânica Deodete Packer.
Ela destaca que trabalhos realizados por mulheres colocaram o Brasil entre os países que hoje desenvolvem alta tecnologia, mas acabaram não tendo o reconhecimento que mereceriam. "A Victória Rossetti, que é uma engenheira agrônoma, é a grande responsável por disparar o projeto Genoma no Brasil. Mas vive no campo, ama a terra, e tem poucas pessoas que a conhecem", afirma.
Neste ano, todas as categorias do prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram vencidas por mulheres.