Governo confirma meta de exportações e espera superávit de R$ 32 bilhões

01/12/2004 - 18h36

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário de comercio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, confirmou hoje a meta de exportações de US$ 94 bilhões em 2004, manteve a meta de importações de US$ 62 bilhões e superávit de US$ 32 bilhões. De janeiro a novembro, as exportações somaram US$ 87,280 bilhões e as importações, US$ 57,084 bilhões.

Tanto as exportações quantos as importações e o saldo de US$ 30,196 bilhões foram recordes para o período. Apesar de dezembro ser um mês de pequeno movimento no comercio exterior, Ramalho acredita que as metas serão atingidas. Para isso, basta que as vendas externas repitam a performance de dezembro do ano passado, chegando a US$ 6,8 bilhões, o que para ele é factível.

Ivan Ramalho também não acredita que a desvalorização cambial, que reduziu o valor do dólar para a casa dos R$ 2,70, contra os R$ 3,00 do ano passado, prejudique a política de comércio exterior. "O que temos percebido é que as exportações continuam evoluindo naturalmente. O comportamento das exportações brasileiras deste ano, com 36% de crescimento, é superior ao comercio mundial, que está em torno de 8%", disse.

Ramalho evitou atribuir à queda do dólar o crescimento de 42% das importações na comparação entre novembro deste ano e o mesmo período do ano passado, e também a desaceleração no
ritmo de crescimento das exportações. "difícil fazer uma avaliação específica depurando o cambio em relação ao comportamento como um todo do comércio, já que são várias os
aspectos que tem que ser considerados nesse particular", comentou.

Um dos fatores que levaram ao aumento das importações, disse Ramalho, foi o crescimento da produção industrial, com aumento os empresarios comprando mais matérias primas e insumos. Também contribui um fator sazonal, que foram as compras de produtos natalinos. As importações de bens de consumo cresceram 43,1%, segundo os dados da secretaria. As compras de matérias-primas e intermediários cresceram 39% e os bens de capital, 28.1%.

Do lado das exportações, Ramalho afirmou que o desempenho menor foi influenciado pela queda de preços em produtos agrícolas e aumento de preços em alguns semimanufaturados e
manufaturados.