Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O desemprego caiu pelo sexto mês seguido na região metropolitana de Porto Alegre. O índice de outubro diminuiu para 14,8%, contra 15,1% em setembro, mesmo com a redução no volume de ofertas de emprego registrada nos meses anteriores. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nessa terça-feira (30), estimou um contingente de 269 mil pessoas desempregadas, contra 277 mil em setembro. A queda, de 0,03%, é explicada pela redução do número de pessoas que procuram trabalho e as presentes no mercado formal como um todo. A diminuição no volume de empregos é creditada à saída de 4 mil indivíduos do contingente de ocupados.
A indústria de transformação reduziu em 11 mil o número de pessoas ocupadas, sendo responsabilizada pelo desempenho desfavorável da ocupação. O comércio manteve seu nível inalterado, o setor de serviços ampliou dois mil postos e os demais setores cerca de cinco mil, com destaque para a construção civil e serviços domésticos. No setor público, houve queda de sete mil inserções no mercado de trabalho, e de seis mil no setor privado com carteira de trabalho assinada.
Na comparação com outubro do ano passado, são 46 mil desempregados a menos, pois a taxa total passou de 17,7% da População Economicamente Ativa (PEA) para os atuais 14,8%. Nos últimos 12 meses, a taxa de ocupação cresceu 5,9%, com aumento de 86 mil postos de trabalho. Desse total, 36 mil foram no setor de serviços; 21 mil na indústria e 20 mil no comércio. Quanto ao rendimento médio real, houve variação negativa de 2,1% para o total de ocupados, passando de R$ 851 para R$ 834. Para o conjunto de assalariados, o índice foi de 1,1% negativo (o valor baixou de R$ 872,00 para R$ 862,00).
A pesquisa é feita por meio de convênio entre as fundações Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e de Economia e Estatística (FEE) e o Serviço Nacional do Emprego (Sine). A divulgação da PED foi feita pela coordenadora de pesquisa do Dieese, Lúcia Garcia, pelo presidente da FGTAS, Nelcir Tessaro, e Roberto Wilgten, da FEE.
