Propostas para o salário mínimo seguem para Lula ainda esta semana, afirma Dirceu

29/11/2004 - 16h29

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o objetivo do governo é melhorar o salário mínimo no ano que vem e buscar um crescimento para o Produto Interno Bruto superior a 4% em 2005, "dentro das possibilidades do país". Dirceu afirma que a Câmara de Política Econômica, conselho formado por ministros para definir diretrizes nesse campo, bem como o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o ministro interino do Planejamento, Nelson Machado, estão discutindo propostas para o reajuste do salário mínimo que deve acontecer no primeiro semestre de 2005. Ele afirma que as propostas serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda esta semana.

Dirceu disse que o crescimento de mais de 4% para o PIB nos próximos anos é viável com a atual política fiscal e monetária, mas ressalvou que a meta depende de fatores conjunturais. "Eu não vejo que a política monetária fiscal e os ministros responsáveis pela área econômica tenham um objetivo diferente. Agora, precisa viabilizar, e isso depende de circunstâncias internacionais, da nossa capacidade de ação do governo".

Dirceu diz acreditar que o país precisa de um crescimento econômico de mais de 4% nos próximos anos. "Nós vamos trabalhar para isso, mas dentro das possibilidades do país. Não podemos fazer nenhuma política irresponsável".

Para alcançar esse índice, Dirceu disse que considera importante a aprovação da Lei de Parcerias Público-Privadas, a Lei de Falência, e que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco do Brasil financiem de maneira mais ágil, para que os investimentos da iniciativa privada sejam viablizados rapidamente. "Política de desenvolvimento é tudo isso. Não é só a política fiscal e de juros. O Brasil não é um país que tem um governo que só tem política econômica no sentido monetário fiscal, que é deteriorante, porque, sem a estabilidade, o país não cresceria, mas nós temos outras políticas que viabilizam o crescimento do país. Eu estou muito confiante, e o presidente, mais otimista de que o país vai crescer".