Desemprego na região metropolitana de São Paulo tem a maior queda em 3 anos

29/11/2004 - 12h45

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Como reflexo da recuperação econômica do país, a oferta de empregos na região metropolitana de São Paulo manteve em outubro o ritmo de alta, pelo sétimo mês consecutivo. No período, foram criados 65 mil postos de trabalho, 0,8% a mais do que o total de vagas abertas em setembro, elevando o número de contratados para 8,285 milhões. Essa expansão possibilitou que a taxa de desemprego recuasse ao nível de agosto de 2001, com queda de 1,2%.

Os dados são da pesquisa Emprego e Desemprego realizada em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos sócio-Econômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). De acordo com o diretor do Dieese Clemente Ganz Lúcio, de maio a outubro foram criados 578 mil empregos.

Do total de pessoas que compõem a População Economicamente Ativa (PEA), 17,6% estão fora do mercado de trabalho, ou seja, 1,77 milhão, contingente menor do que em setembro, quando 17,9%, ou 1,792 milhão não tinham colocação.

No período, 43 mil pessoas se incorporaram à PEA , o que explica a redução de apenas 22 mil trabalhadores no estoque de desempregados. Os setores de comércio e de serviços contrataram 18 mil trabalhadores cada um, enquanto a indústria teve uma baixa de 12 mil empregados, o equivalente a uma variação negativa de 0,8%. Nos demais setores, que incorporam os trabalhos domésticos, o número de admissões foi maioria, 41 mil ocupações, com alta de 4,2%.

De acordo com a pesquisa, houve queda de 1,6% no rendimento médio dos trabalhadores, e o ganho mensal médio passou para R$ 990,00. De acordo com Ganz Lúcio, entre os fatores que podem explicar a compressão dos rendimentos está o aumento de maiores chances de emprego em atividades de menor remuneração, como tarefas domésticas e contratação de jovens com pouca escolaridade.