CMN reenquadra quatro fundos de pensão de estatais

25/11/2004 - 15h29

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu hoje reenquadrar quatro planos de Previdência Privada. O primeiro foi a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que tem patrimônio de R$ 60 bilhões.

O limite para as aplicações do fundo é de 50% do patrimônio em ações. A Previ, no entanto, tem 58% e até o ano de 2012 precisa fazer os acertos, que neste momento chegariam a R$ 3,1 bilhões - valores que variam conforme o preço das ações.

Outro enquadramento necessário para a Previ diz respeito aos investimentos aos fundos imobiliários que devem ser limitados a 25% e estão em cerca de 32%. São recursos aplicados no Fundo Panambi e o enquadramento precisa ser feito até 2018.

Além dessas aplicações, a Previ necessita de enquadramento em aplicações de renda fixa, especificamente em debêntures, já que o fundo tem mais de 25% das aplicações nesses papéis. O prazo estabelecido pelo CMN é 2014.

O segundo plano de previdência que precisa de reenquadramento é Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros). O fundo também está aplicado em mais de 25% em fundos imobiliários em três shoppings centers localizados em Campinas, Sorocaba e no Rio de Janeiro.

A Fundação Embratel de Seguridade Socail (Telos) precisa de correções nas aplicações de renda variável (ações) pois detém 30% de um empresa e a lei só permite 20% da participação.

Por último, o CMN deu prazo para o enquadramento da Uranus Fundação de Seguridade Social , que tem em imóveis 22% das aplicações e o limite é de 14%.