Rio, 24/11/2004 (Agência Brasil - ABr) - A análise do setor automobilístico fluminense, divulgada hoje pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revela que, após um período inicial de aumento das importações, entre 1998 e 2001, quando começaram a operar grandes montadoras estrangeiras na região Sul Fluminense, o setor experimenta a partir de março de 2004 crescimento das exportações seguido de reaquecmento das importações devido à compra de auto-peças para a produção de veículos acabados exportados.

No período de 12 meses até outubro, as importações atingem U$ 214,1 milhões e as exportações somam U$ 210,9 milhões, gerando saldo comercial em equilíbrio.Segundo a economista Luciana de Sá, chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Firjan, a tendência é que tanto as exportações e importações do parque automotivo do estado caminhem na mesma direção de incremento.

"Ficou evidente que o setor está consolidando um processo de exportação e vendendo para determinados países, apesar de as vendas serem muito concentradas na Argentina", disse a economista. Somando Argentina, México, Chile, Estados Unidos e Angola, temos 80% das exportações do setor automotivo fluminense, informou.

A instalação de grandes fábricas de automóveis e caminhões no Estado do Rio ampliou a corrente de comércio da indústria automobilística local de U$75 milhões, no final de 1998, para U$425 milhões este ano, com crescimento médio de 33,6% ao ano.

O documento elaborado pela área econômica da Firjan revela também mudança na composição da pauta no período pesquisado. Enquanto em 1998 o Estado do Rio exportava basicamente veículos de carga e auto-peças, hoje automóveis acabados e veículos de carga concentram cerca de 70% das exportações. Quanto às importações, em 1998 as compras englobavam mais motores e hoje 75% são auto-peças.