Norma Nery
Repórter da Agência Brasil
Rio - Donos de carros que utilizam película não refletiva começaram a ser orientados hoje pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio de Janeiro sobre o nível adequado de transparência exigido pela resolução 73 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e que será exigido na vistoria de 2005. A campanha educativa começou a ser realizada em dez postos, mas será estendida até sexta-feira (26) às demais 26 unidades do Detran, para aferição das películas coladas nos carros. O Detran também está promovendo blitz para instruir os motoristas sobre a medida.
O usuário receberá um laudo, ao final do exame, especificando o percentual aferido pelo medidor de transmitância luminosa, o novo instrumento que possibilitou a realização do trabalho, cuja exigência vigora desde 1998. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), conduzir o veículo com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas é multa grave, no valor de R$ 127,90 e o motorista pode acumular cinco pontos na carteira de habilitação.
O diretor de Atendimento do órgão, Carlos Elí, explicou que a resolução determina que no vidro dianteiro a película deve permitir 75% de luminosidade, sendo bloqueada 25%; nos vidros laterais dianteiros, como o da porta do motorista, a passagem de luz deve ser de 70%, bloqueando 30 % de luminosidade; nas laterias e parabrisa traseiros a luminosidade exigida é de 50%, ficando a outra metade bloqueada.
Ele explicou que uma película muito escura atrapalha a visibilidade e pode causar acidentes e que a medida do Contran não prejudicará quem usa o insufilm, como a película é conhecida, como meio de segurança. Segundo Carlos Eli o percentual estabelecido garantirá privacidade ao motorista, sem oferecer risco.
O Detran-RJ estuda a possibilidade de estabelecer uma parceria com o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) para a criação de uma rede credenciada para fazer o trabalho de colocação da película nos carros. A medida se baseia em denúncia da Associação Brasileira de Representantes de Aplicadores de Película não Refletiva que apontou o uso irregular de película não refletiva em 85% dos carros da região Sudeste.