Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - ABr) - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA -15) subiu 0,63% em novembro, quase o dobro da taxa registrada em outubro (0,32%), influenciado pelos aumentos ocorridos nos combustíveis, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA mede a inflação oficial do país e, no período em que os preços foram coletados, de 14 de outubro a 11 de novembro, o litro da gasolina ficou 3,19% mais caro para o consumidor na média das regiões pesquisadas, em conseqüência do reajuste de 4% nas distribuidoras, em vigor desde 15 de outubro. O preço do álcool subiu 9,59% e do gás de cozinha 1,46%. Também por causa do aumento dos combustíveis, as passagens aéreas ficaram 5,93% mais caras.
No período subiram, ainda, os cigarros (1,45%), o condomínio (1,34%), o automóvel novo (1,20%) e o telefone fixo (1,17%).
De acordo com o IBGE, a alta do IPCA-15 foi influenciada, também por aumentos nos preços dos alimentos, que, embora com ligeira queda (-0,05%), subiram em relação ao mês anterior, quando o resultado foi de -0,26%. A batata-inglesa (de -10,23% para -6,02%) e as hortaliças (de -8,46% para -1,20%) caíram menos. Já o feijão carioca (de 2,06% para 18,27%) teve aumento expressivo.
Entre as regiões, o maior resultado foi em São Paulo (0,84%) e o menor em Recife (0,16%).
De janeiro a novembro, o IPCA-15 acumula alta de 6,64% e nos últimos 12 meses 7,13%. O índice se refere a famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma para o IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta de preços.