Silva Diniz
Repórter da Agência Brasil
São Luís - Os 134 cientistas, engenheiros e técnicos do Brasil, França, Alemanha e Itália continuam na base de lançamento montada na cidade de Timom (MA), à espera da autorização do Ministério da Defesa para que seja feito o lançamento de oito Balões Estratosféricos, que deveriam ter sido lançados no último dia 3 de novembro. O objetivo é analisar a poluição e quantidade de produtos químicos encontrados na atmosfera.
Segundo os cientistas, a cidade de Timom foi escolhida a capital mundial da pesquisa científica, com a instalação da base de pesquisa durante dois meses. A base espacial recém-inaugurada irá estudar os efeitos climáticos do planeta, em especial as mudanças ocorridas na estratosfera terrestre e na camada de ozônio.
O projeto é coordenado pelo cientista brasileiro Arlindo Dotta e reúne 50 técnicos e 84 cientistas dos quatro países. Ele afirmou que um dos objetivos da pesquisa é a descoberta de novos fatores que o efeito estufa vem causando no planeta. Segundo o cientista, essa mesma pesquisa já foi realizada em outros pontos da Terra.
O local escolhido pelos pesquisadores foi devido a proximidade com a linha do Equador. A base espacial foi montada em uma pista de pouso privada, que estava desativada. O material de pesquisa pesa cerca de 150 toneladas e foi transportado em 16 contêineres. O estudo será realizado por meio de dados de balões metereológicos que serão lançados a 37 quilômetros de altura.
Todas as informações serão transmitidas para o resto do mundo por meio do satélite Envisat, que está em órbita há dois anos. As amostras coletadas na estratosfera têm ajuda do Centro de Lançamento Ballons Stratosphériques, da França, que é o responsável pelo lançamento dos balões.
Toda a amostra coletada pela base espacial de Timom é importante para o ciclo de pesquisa porque na linha do Equador se encontram os gases emitidos pelo Pólo Norte com os gases produzidos pelo Pólo Sul.