Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - Quarenta e cinco pacientes devem ser operados, de hoje até a próxima sexta-feira (26) durante o quinto mutirão de cirurgias do joelho, do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into). Os pacientes foram escolhidos de acordo com a gravidade do caso e do tempo de espera na lista. Atualmente 780 pessoas aguardam na fila por uma cirurgia de joelho. Algumas esperam há cinco anos. O coordenador do mutirão, doutor Laís Torquato, disse que, com as cirurgias, o instituto pretende reduzir a fila de espera, mas principalmente possibilitar aos pacientes uma melhor qualidade de vida.

A cirurgia de joelho está entre as três especialidades mais procuradas no instituto, seguida das de coluna e quadril. Desde 2001, quando o programa foi implantado, o Into já realizou 16 mutirões entre as especialidades de joelho, quadril, coluna, fixadores externos, ombro, cotovelo, trauma, crâniomaxilofacial além de um mutirão infantil. No ano passado 3.670 pacientes foram operados. A meta é realizar 4.800 cirurgias até o fim de 2004.

No mutirão desta semana, serão realizadas antroplatias totais de joelho, ou seja, colocação de próteses. A maioria dos pacientes é formada por idosos que sofrem de doenças degenerativas. De acordo com os médicos, o paciente recebe alta em quatro dias e pode voltar a andar 15 dias após a cirurgia.

Para o médico Laís Torquato, o aumento na procura por cirurgias no joelho está diretamente relacionada à longevidade do brasileiro - uma vez que com o passar dos anos os problemas de artrose tornam-se mais prováveis e freqüentes -, e às deformidades que não foram tratadas na infância e adolescência. Além disso, à medida que a pessoa vai envelhecendo há uma sobrecarga natural dos membros inferiores. A receita para evitar doenças, não só no aparelho locomotor, segundo o médico, é manter uma vida saudável. "O álcool deve se usado com moderação, evitar o tabagismo, manter uma alimentação sadia e fazer exercícios", aconselha.