Elisangela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A executiva nacional do PT receberá dois documentos para análise de seus integrantes. Um da corrente considerada mais a esquerda, que marca uma posição crítica ao governo e o outro, do grupo ligado ao governo. De acordo com o deputado Ivan Valente, da ala crítica ao governo, o documento da situação deve ser aprovado, uma vez que o grupo conta com 80% dos integrantes do Diretório Nacional.

Ivan Valente adiantou que o documento da esquerda será um manifesto. Ele disse que o PT é refém do mercado financeiro, porque não faz críticas ao governo com medo da repercussão na mídia e das conseqüências no mercado. "O PT não pode aceitar essa posição", afirmou.

O ministro das Cidades, Olívio Dutra, afirmou ao chegar para o segundo dia da reunião da executiva nacional, que a resolução que será apresentada ao final do encontro deve conter recomendações ao partido e um balanço das vitórias e derrotas na eleição.

O ministro disse que as posições divergentes que marcam o encontro tendem a fortalecer o partido, que historicamente é marcado pela liberdade de expressão. "Unidade não é união. Não significa unidade de opinião", afirmou.