UFRJ discute ação mundial em favor do meio ambiente

19/11/2004 - 9h24

Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - O efeito estufa e a importância de uma ação mundial em favor do meio ambiente é o tema de uma conferência que começou nesta sexta-feira e comemora os 25 anos de criação do Programa de Planejamento Energético (PPE), da Coordenadoria de Projetos de Pós Graduação em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os especialistas do PPE ajudaram o governo brasileiro a formular a proposta do país apresentada durante a Conferência de Quioto, no Japão, em dezembro de 1997.

O Protocolo de Quioto determina que os países industrializados reduzam suas emissões de dióxido de carbono e outros gases causadores do aquecimento global de modo a chegar a 2012 com uma taxa média de pelo menos 5,2% menor do que a registrada em 1990.

O Brasil foi o primeiro país a assinar a Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima, em junho de 1992. Os Estados Unidos, os maiores emissores de gases poluentes, responsáveis por 36,1% do total mundial, são contrários ao Tratado. A China ocupa a segunda posição, na casa dos 18%, mas não figura entre os países que precisam reduzir as emissões, a Rússia é o terceiro, com cerca de 17%.

No último dia cinco de novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, promulgou o ato de adesão formal do país ao Protocolo de Quioto. Com essa ratificação o tratado internacional que estabelece metas para a redução das emissões de gases poluentes poderá entrar em vigor a partir de 90 dias. De acordo com os especialistas, a decisão do presidente Putin põe fim a uma queda de braço entre países favoráveis à implantação de medidas para evitar o aquecimento global, sobretudo os europeus, com o governo norte-americano.

O encontro de especialistas em questões ambientais, na UFRJ, conta com a presença do Secretário de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do Ministério do Meio Ambiente, Victor Zular Zevelbil, que representa a ministra Marina Silva.