Expansão industrial de São Paulo foi a maior do país em setembro

16/11/2004 - 11h33

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - Em setembro, a produção industrial de São Paulo apresentou expansão acima do total do país em todos os indicadores incluídos na Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a setembro de 2003, a alta foi de 14,6%; no acumulado do ano, de 13,5% e nos últimos 12 meses, de 10,6%. O terceiro trimestre do ano apresentou crescimento de 17,4%.

No indicador mensal (setembro de 2004/setembro de 2003) o avanço na produção atingiu 18 dos 20 setores pesquisados. Na formação da taxa global de 14,6%, os principais impactos positivos vieram das indústrias de material eletrônico e equipamentos de comunicações (144,6%) e veículos automotores (25,9%). Em contrapartida, respondendo pelas duas únicas influências negativas figuraram os setores de refino de petróleo e produção de álcool (-4,7%) e edição e impressão (-0,8%).

Na avaliação da economista do setor de indústria do IBGE, Denise Cordovil, ao assinalar expansão de 17,4% no fechamento do terceiro trimestre deste ano, a indústria paulista confirmou a aceleração no ritmo produtivo: no primeiro trimestre o crescimento foi de 8,6% e no segundo, de 14,2%.

"Este movimento de melhora foi generalizado e está apoiado no comportamento de 13 setores, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações, que passou de 42,2% no segundo trimestre para 151,5% no terceiro, máquinas e equipamentos (de 24,8% para 32,7%), alimentos (de 2,2% para 5,2%) e produtos de metal (de 14,3% para 24,7%)", destacou.

A expansão de 13,5% no indicador acumulado em janeiro-setembro, contra igual período do ano passado, refletiu um quadro generalizado de crescimento: todas as atividades apresentaram taxas positivas. Os principais destaques na composição do resultado global continuaram com as indústrias produtoras de bens de consumo duráveis e de capital: veículos automotores (31,4%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (61,9%) e máquinas e equipamentos (22,8%).