Brasil ganhou 2,8 milhões de hectares em áreas protegidas desde 2003

14/11/2004 - 7h13

Brasília - O Brasil ganhou 2,8 milhões de hectares em áreas de preservação desde 2003, área semelhante a do estado de Alagoas. Este será um dos avanços na conservação ambiental do
país que serão apresentados pelo diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente,
Maurício Mercadante, no próximo sábado (20), durante o 3º Congresso Mundial sobre Conservação da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), em Bangkoc, capital da Tailândia.

Nesses quase dois anos, o ministério do Meio Ambiente e o Ibama criaram um parque nacional, com 57 mil hectares, cinco reservas extrativistas, somando 2,5 milhões de hectares, duas florestas nacionais, somando 230 hectares, e uma reserva biológica, com 51 mil hectares. Além
disso, foram ampliadas as áreas dos parques nacionais Grande Sertão Veredas (MG/BA) e da Floresta da Tijuca (RJ) e da Estação Ecológica do Taim (RS).

A criação e consolidação dessas áreas protegidas contribui para a preservação de importantes
ecossistemas e biomas, além de assegurar a qualidade de vida e recursos estratégicos para a população e para a economia, da amazônia à caatinga, passando pela mata atlântica e
pelo cerrado. "É sem dúvida a melhor performance de um governo nos últimos anos", disse Mercadante.

Outros destaques na área da conservação ambiental são a continuidade e ampliação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que recebeu doação de 17 milhões de
Euros do KfW (Banco Alemão) para criação e consolidação de unidades de conservação na Amazônia, o Mapa dos Biomas Brasileiros, o Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade e o Atlas dos Recifes de Coral nas Unidades de Conservação Brasileiras.

O Mapa dos Biomas foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o ministério do Meio Ambiente e servirá para divulgação de informações sobre os biomas do país Mata Atlântica, Campos Sulinos, Cerrado, Caatinga, Amazônia, Pantanal, Zona Costeira e Marinha, além de orientar pesquisas e políticas públicas. O Mapa de Áreas Prioritárias foi lançado por meio de um decreto presidencial e traz 900 locais de interesse ecológico selecionados por cientistas e técnicos de governos, de instituições de ensino e pesquisa, de organizações não-governamentais e da sociedade civil. E o Atlas dos Recifes de Coral traz informações e mapas sobre as características dos recifes em nove unidades de conservação na costa do país.

Os congressos da UICN ocorrem a cada três ou quatro anos para realizar um balanço sobre o estado de conservação do meio ambiente no mundo.

Com informações do Ministério do Meio Ambiente