Brasília - O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura, e o representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, discutiram, na quarta-feira (11), com ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, uma parceria para estender as ações do ProÁgua Semi-Árido para todo país. As localidades beneficiadas seriam escolhidas conforme as prioridades da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), documento preparado pelo Ministério da Integração Nacional.
O ProÁgua Semi-árido elabora e executa ações para garantir a ampliação da oferta de água de boa qualidade para o semi-árido brasileiro. O programa abrange toda a região Nordeste e Minas Gerais, onde beneficiará uma população de aproximadamente 1,3 milhão de pessoas com previsão de investimentos de R$ 970 milhões ( US$ 330 milhões) divididos pelo Banco Mundial (60%,) JBIC (21%) e pelos Governos Federal e Estaduais (19%).
Segundo o secretário de Infra-estrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, Hypérides Macedo, a parceria poderia render investimentos no programa entre R$ 879 milhões e R$ 1,465 bilhão (US$ 300 a US$ 500 milhões), durante sete anos. Esses recursos financiariam estudos e projetos de obras de infra-estrutura hídrica como adutoras, barragens, canais, perímetros de irrigação, poços. "Faremos uma reunião com a Agência Nacional de Águas (ANA) para compor uma equipe mista que entregará o plano de gestão para ordenamento do programa em até 60 dias", explica Macedo. "Depois apresentaremos a documentação aos possíveis financiadores e quando tivermos a aprovação dos recursos estabeleceremos as obras prioritárias."
A possível parceria prevê que a Unesco invista recursos na contração de pessoal e no apoio logístico. A expectativa é conseguir empréstimos junto ao Banco Mundial e ao Japan Bank for Internacional Cooperation (JBic). O coordenador da Unidade de Gerenciamento do ProÁgua, Rogério Menescal, afirmou que a parceria com essas instituições financeiras garantem a conclusão das obras e a sustentabilidade dos projetos, além de juros baixos. "A possibilidade de estender o ProÁgua para todo País sinaliza o empenho e a credibilidade do Ministério perante os organismos internacionais," comenta Menescal.
As informações são do ministério da Integração Nacional