Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O professor emérito da Universidade de São Paulo, Antônio Candido, disse que Carlos Marighella foi um dos maiores líderes do movimento que combateu a ditadura e "pagou o tributo mais alto e mais nobre que um homem pode pagar: a própria vida". Cândido participou hoje (04) do ato em homenagem aos 35 anos da morte do líder comunista, assassinado pela ditadura militar em 1969. Durante a cerimônia, foi reinaugurado o memorial Carlos Marighella. "Nas lutas da coletividade algumas pessoas se tornam simbólicas", analisou.
Paulo Vanuchi, ex-militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e diretor do Instituto Cidadania, organização não-governamental fundada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que, lembrou a maior vitória daquele movimento: "a conquista da democracia". Segundo ele, que na época era estudante de medicina, e aos 19 anos entrou na ALN, essa conquista possivelmente não teria ocorrido sem uma resistência profunda e radical como a que foi liderada por Marighella."Essa geração enfrentou e não desistiu de lutar no momento em que todos os espaços democráticos foram fechados pelo regime militar", declarou.
Maria Marighella, de 28 anos, neta do homenageado, disse estar emocionada. Segundo ela, é "preciso lutar cada vez mais com alegria por um Brasil mais justo, mais humano, cordial, generoso e revolucionário no coração".