Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - "Acredito que o ex-governador Antony Garotinho é dado a grandes apostas, ou ganha tudo ou perde tudo". A afirmação é do coordenador do programa de estudos políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Geraldo Tadeu.
Ele lembrou que mesmo desaconselhado por seus assessores, Garotinho insistiu em se candidatar à presidência em 2002 e elegeu sua mulher, Rosinha Matheus, que não tinha passado político, para o segundo reduto eleitoral do país, o estado do Rio de Janeiro.
"Com ela no poder ele criou uma máquina política eleitoral cuja retórica é a política populista, social-conservadora, baseada em certas visões dos evangélicos e na distribuição seletiva de benefícios que deixam as pessoas dependentes", afirmou o professor.
Geraldo Tadeu concluiu dizendo que Garotinho perdeu sua "estatura" nacional mas que não está politicamente morto, já que ainda detém algumas prefeituras importantes, como Belfort Roxo e Tabatinga. Ele participou nesta 2ª feira do debate especial "O Brasil que sai das urnas", promovido pela Rádio Nacional AM.