ONU: qualidade no atendimento e informação podem reduzir altos índices de mortalidade materna

28/10/2004 - 16h08

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Entre as medidas para reduzir a taxa de mortalidade materna no Brasil, duas são estratégicas: melhorar a qualidade do atendimento nos partos e garantir à população informação sobre serviços de saúde, como o pré-natal. A afirmação é da representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Tânia Patriota.

"Há ainda a necessidade de assegurar que, em caso de óbito durante o parto, haja a notificação correta e sistemática, para que, indicando a causa da morte, se possa investigar e evitar", considera. Tânia Patriota participou hoje do debate A Redução da Mortalidade Materna: um Desafio, realizado na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) em Brasília.

Para a representante das Nações Unidas, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade, lançado pelo governo federal em março deste ano, possui claras orientações em prol da redução dos índices, mas ainda precisa ser implementado nos estados e municípios.

Maria José Evangelista, representante do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), faz a mesma avaliação. "O Pacto é necessário mas deve haver mais agilidade para chegar aos municípios. Temos um potencial imenso que são os agentes comunitários de saúde, mas nenhuma ação isolada tem sucesso. Temos que sair do discurso e ir para a prática".