Representantes do mercado de software livre levam reivindicações ao governo

26/10/2004 - 18h40

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Representantes do mercado de software brasileiro entregaram hoje ao governo federal um documento com propostas para fortalecer a indústria de software livre no Brasil e alavancar a exportação desse produto. No texto, eles reivindicam a criação urgente de um marco regulatório para garantir ao setor o desenvolvimento de software livre de forma segura.

Segundo proposta dos empresários do ramo, o governo não deve se preocupar em desenvolver software, mas sim em incentivar as empresas nacionais no uso desta tecnologia por meio do seu poder de compra.

Os presidentes da Sociedade Softex, Márcio Girão; da Fenainfro, Maurício Mugnaini; e da Assespro Nacional, John Forman, reuniram-se, no Palácio do Planalto, com os ministros da Casa Civil, José Dirceu, e da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos; e com o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Sérgio Amadeu.

Segundo Sérgio Amadeu, se o Brasil desenvolver com êxito software livre, deixará de importar esse tipo de tecnologia e estará incentivando o seu uso pelas pequenas e médias empresas, que hoje precisam, na maioria das vezes, pagar por ela, se quiserem ter acesso. "O desenvolvimento de software livre dá independência para o governo e para o país e permite que a gente avance em criar códigos e gerar possibilidades de desenvolver a economia brasileira", defendeu o presidente do ITI.

Software livre se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software sem ter que pagar a terceiros.