Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Trabalhos produzidos por alunos de graduação da Universidade de Brasília (UnB) serão expostos durante todo o dia de hoje e a manhã de quarta-feira (27) no Centro Comunitário Athos Bulcão, na décima edição do Congresso da Iniciação Científica da instituição. São 610 estudos de iniciação científica de todas as áreas do conhecimento, divididas em artes e humanidade, ciências da vida e ciências exatas.
Segundo o coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) na UnB, o professor de engenharia mecânica Carlos Gurgel, o objetivo é mostrar à sociedade os resultados dos trabalhos desenvolvidos desde agosto de 2003. Nesse período, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) financiou 450 bolsas de estudo na UnB. As bolsas PIBIC na UnB receberam R$ 1,296 bilhão no último ano.
O investimento vale a pena e tem retorno, segundo avaliação de Gurgel. De acordo com o professor, que coordenou estudo sobre a influência do programa de iniciação científica na vida acadêmica, um aluno que participa do PIBIC leva, em média, apenas um ano para entrar num curso de mestrado. Já um aluno graduado que não participou do programa leva até cinco anos para ingressar na pós-graduação. "Grande parte dos alunos do PIBIC vão imediatamente para o mestrado ao terminar a graduação. Isso se deve ao fato dele estar mais seguro sobre o que quer. Além disso, quem faz iniciação científica entra mais preparado na pós-graduação, porque já conhece inclusive as normas para montar uma tese", explicou.
Gurgel lembrou ainda que os trabalhos serão avaliados por examinadores externos, contratados pelo CNPq. "Eles vão relatar não só o que viram, mas também informações coletadas juntos aos alunos e aos professores orientadores. Os examinadores podem perguntar tudo, inclusive sobre como o trabalho se desenvolveu, como se chegou ao tema. Os alunos são obrigados a responder sobre tudo, não só sobre dúvidas em relação ao estudo em si", disse.
O X Congresso de Iniciação Científica da UnB começou ontem (25), com a participação do vice-reitor Timothy Muholland e a coordenadora do PIBIC no CNPq, Silvana Medeiros. As pesquisadoras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Cerrados, Ieda Mendes e Leide de Andrade apresentaram o trabalho "A força do cerrado brasileiro: fonte de alimentos e biodiversidade para o mundo".
