Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - Em entrevista na inauguração de monumento em homenagem aos 50 anos de morte do Presidente Getúlio Vargas, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, rejeitou as acusações de ineficiência feitas pela imprensa, reiterando que "nós nos consideramos um banco cuja eficiência vem melhorando dia a dia. Prova o nosso desempenho".
Lessa afiançou que não havia mandado recado a ninguém mas, sim, dito de forma explícita que "rejeito inteiramente, como insuficiente do ponto de vista teórico, factual e até mesmo cívico, sugestões que têm sido veiculadas com muita frequência pela imprensa nas últimas duas ou três semanas". Ele não quis nominar seus críticos. "Por quem não interessa. O que interessa é o que está sendo dito".
O presidente do BNDES disse que operações de financiamento não dependem apenas da vontade do banco financiar. "Depende da disposição dos empresários de realizar o projeto". Lessa manifestou que muitos setores ainda estão tímidos, "observando o futuro", para garantir mais adiante que apesar dessa atitude, "nós temos feito um imenso esforço por produzir decisões afirmativas em relação ao desenvolvimento, especialmente em relação às micro e pequenas empresas (que representam 35% das aplicações do Banco), em relação às exportações e à infra-estrutura".
Ele enfatizou ao reafirmar sua posição contra qualquer crítica ao desempenho da instituição. "Não aceito. Rejeito frontalmente qualquer insinuação de que o BNDES é uma instituição ineficiente". Referindo-se àqueles que têm feito críticas à sua administração de forma que considera "quase orquestrada", Carlos Lessa externou que "se fossem feitas sugestões de como elevar a eficiência, eu as aceitaria. Porém não ponho a carapuça de ineficiência".
Lessa deixou claro, contudo, que essa carapuça também não serve ao empresariado, ao afiançar que "os empresários são seres absolutamente racionais que sabem que investir é um ato que pode levá-los à uma confirmação empresarial ou levá-los a dificuldades". Na avaliação do presidente do BNDES, é por essa razão que os empresários pensam muito antes de tomar uma decisão importante, examinando todos os ângulos. "Essa capacidade de tomar decisão é que faz dele um empresário".
