Comércio do Rio vê no aumento da taxa de juros ameaça às vendas de fim de ano

20/10/2004 - 19h02

Rio, 20/10/2004 (Agência Brasil - ABr) - A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de aumentar a taxa de juros básica Selic de 16,25% para 16,75% ao ano foi considerada pelo presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, Orlando Diniz, uma "ameaça à melhora das vendas de fim de ano", prevista pelo setor do comércio de bens e serviços.

O presidente da Fecomércio/RJ lembrou que embora as vendas do comércio tenham crescido em volume 7,53% em agosto deste ano, em relação a igual mês de 2003, de acordo com o IBGE, o resultado é bem inferior aos 12,04% registrados em julho contra o mesmo período do ano passado. Isso significa que o setor vem perdendo fôlego, disse Diniz.

Para o presidente da Fecomércio/RJ, o impacto negativo da alta dos juros básicos será ainda maior para o segmento das micros e pequenas empresas, "que já sofrem com a carga tributária em constante elevação e com entraves burocráticos e têm no Natal uma boa oportunidade de recuperar parte das perdas registradas ao longo ao ano".