Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - O Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into) realiza o primeiro mutirão de cirugias craniomaxilofacial na terça (19) e na quinta-feira (21). Nesse período, oito pacientes selecionados por critérios de complexidade do caso e tempo na fila de espera serão operados por uma equipe de 12 profissionais do Instituto.

Geralmente, segundo o médico Ricardo Cruz, responsável pelo Serviço de Cirurgia Craniomaxilofacial do Into, este tipo de cirurgia é feita em pacientes que apresentam anomalias congênitas na face provocadas por fissuras raras e também deformidades congênitas dos maxilares que ocasionam problemas na mordida, dificuldades na fala e na mastigação. Essas intervenções cirúrgicas, lembra Cruz, muitas vezes têm um grau de complexidade que exige materiais diferenciados e tecnologia de ponta, itens atualmente disponíveis no Into.

Ricardo Cruz mostrou-se confiante na possíbilidade de o Instituto realizar ainda este ano mais um mutirão para cirurgias craniomaxilofaciais. Para ele, tudo vai depender da ocupação da Unidade por outros setores do hospital que também enfrentam uma demanda grande de pacientes. "Todos os outros grupos do hospital de traumato-ortopedia como quadril, coluna, trauma, pé e mão trabalham com muito dinamismo e eficiência, então, há necessidade de agendamento para que todos possam ser atendidos", explicou o médico, acrescentando que a demanda do hospital é grande e "o objetivo é o atendimento de pacientes que necessitam de cirurgias de alta complexidade".

Desde 2003, segundo Ricardo Cruz, o Into já realizou 180 cirurgias craniomaxilofaciais. Atualmente há uma fila de 50 pacientes prontos para serem operados. "O Into, como outras unidades do Estado, tem procura grande e a fila é organizada na internet", concluiu ele.