Expansão da indústria paulista chega a quase 20% em um ano, informa o IBGE

15/10/2004 - 11h33

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio - Impulsionada pelos ramos ligados à fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, eletroeletrônicos etc.) e de capital (máquinas e equipamentos), a indústria de São Paulo fechou o mês de agosto com crescimento de 19,8% - a segunda maior expansão do país neste tipo de indicador – atrás apenas de Santa Catarina, cujo parque fabril cresceu 20,7% - e um resultado que chega a ser 6,7 pontos percentuais acima da média nacional da indústria brasileira para o período (13,1%).

Em agosto, segundo dados da Pesquisa Mensal do IBGE, a indústria paulista apresentou resultados amplamente positivos. No acumulado do ano, por exemplo, chegou a crescer 12,4% - resultado também superior aos 8,8% da média nacional – e o oitavo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação, amparado sobretudo nas produções dos setores automobilístico e de material eletrônico e de equipamentos de comunicações.

No confronto agosto 2004/agosto 2003 a expansão de 19,8% reflete crescimento em dezoito das 20 atividades, com destaque, em termos de influência no cômputo geral, para material eletrônico e equipamentos de comunicações (183,9%) e veículos automotores (41,3%). Em contrapartida, dois impactos negativos foram observados: refino de petróleo e produção de álcool (-7,2%) e farmacêutica (-10,0%).

Nos primeiros oito meses do ano, o crescimento de 12,4% se deu em função do desempenho positivo de 19 segmentos. Veículos automotores (32,1%) liderou o crescimento local, vindo a seguir material eletrônico e equipamentos de comunicações (59,3%), máquinas e equipamentos (22,3%) e outros químicos (14,1%). O único ramo que apresentou queda neste tipo de comparação foi a indústria farmacêutica (-20,4%).