Em SP, maioria dos empregados no 1º semestre esperou seis meses pela vaga

13/10/2004 - 19h18

São Paulo, 13/10/2004 (Agência Brasil - ABr) - Análise comparativa feita pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo, a partir de levantamento com 252 entrevistados no período de 13 a 30 de setembro, revela que a maioria dos contratados no primeiro semestre levou até seis meses para conseguir uma colocação no município. E que 66,3% deles obtiveram sucesso por meio da indicação de amigos ou parentes. A análise foi feita em comparação com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o secretário Márcio Pochmann, mais da metade desses novos contratados (58,3%) não são chefes de família; 72,6% dos entrevistados disseram ter medo de ficar novamente desempregados; e 11,5% mostraram insegurança quanto à redução do nível de salário.

Com relação ao perfil dos gastos, a análise revela que 49,2% passaram a despender mais com alimentação e 40,5% aumentaram os gastos com contas de água, luz, gás ou telefone. Com orçamento apertado, 62,3% dos pesquisados responderam que ainda se utilizam do serviço público para receber atendimento médico – apenas 13,9% voltaram a contratar plano de saúde privado depois de conseguir emprego.

Nas entrevistas, 83,7% de trabalhadores afirmaram ter elevado sua auto-estima a partir da reinserção no mercado de trabalho, sentem-se mais felizes e estão mais otimistas quanto ao futuro. O grande sonho de consumo é a casa própria, conforme declararam 45% dos entrevistados. A intenção de melhorar o nível de graduação aparece em segundo lugar, como desejo de 30,4% dos pesquisados. Para 23,8% dos trabalhadores, a quitação de dívidas é prioridade.