Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário executivo do ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, vai pedir que a Polícia Federal e a Polícia Civil da Rondônia apurem o mais rápido possível as causas do assassinato do indigenista Apoena Meireles, morto na noite de sábado (10) em Porto Velho (RO). "Os indícios apontam realmente para um latrocínio (roubo seguido de morte), mas todas as hipóteses serão investigadas", afirma.
Apoena Meireles estava há dez dias em Rondônia, com a missão de explicar aos índios cinta-larga a recente decisão do governo de fechar os garimpos da região. Ele trabalhava como coordenador da Operação Roosewelt, que pretendia encontrar os responsáveis pela chacina que vitimou 29 garimpeiros no início deste ano e encontrar uma solução viável para o problema da extração de diamantes, hoje dominada por contrabandistas brasileiros e estrangeiros.
" Nós estamos negociando com os índios uma maneira de fazer uma exploração racional do garimpo que evite a destruição do meio ambiente e de sua cultura, como vinha ocorrendo no confronto com os garimpeiros", afirmou Barreto. Apoena Meireles havia sido designado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para tentar buscar a pacificação junto aos índios.