Funai ainda não sabe quem vai substituir o sertanista na mediação com os Cinta-larga

11/10/2004 - 10h41

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 100 pessoas acompanham o velório do sertanista e ex-presidente da Funai, Apoena Meirelles, assassinado neste sábado em Porto Velho (RO). Para o atual presidente da instituição, Mércio Pereira Gomes, a morte do sertanista é uma "perda incomensurável".

"O Apoena é uma figura luminar do indigenismo brasileiro, um herói que vai fazer falta ao Brasil, à Funai e ao indigenismo. Ele era uma pessoa que tinha capacidade de diálogo, porque entendia, sabia ouvir e dizer a coisa própria e não era paternalista. Ele acreditava nos índios como parte do futuro do Brasil", disse Gomes.

A Funai ainda não decidiu quem irá substituir Apoena Meireles na coordenação dos trabalhos em Rondônia e na missão junto aos índios Cintas-Largas, para comunicar a decisão do governo federal de fechar o garimpo e de buscar nova legislação que estabeleça racionalidade no processo de mineração. A área é rica em minerais como cassiterita, ouro e diamantes.