Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma das principais preocupações da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) é a necessidade de as universidades terem liberdade para a contratação de funcionários. A presidente da Andifes, reitora Ana Lúcia Gazolla, sugeriu ao ministro da Educação, Tarso Genro, durante reunião nesta semana, a criação de leis que possam agilizar o processo de autonomia das instituições.
"Estamos propondo que a reforma seja feita em etapas. Primeiro, um instrumento legal que tire todos os entraves autoritários, burocráticos, contraditórios que têm dificultado enormemente o cotidiano", explicou.
A intenção da Andifes é convencer o Ministério da Educação (MEC) a antecipar a definição da autonomia universitária, uma das etapas de maior importância do projeto de reforma universitária, que está sendo discutido, atualmente, com toda a sociedade. A data marcada pelo MEC para conclusão do processo de consulta seria até novembro. O ministério pretende, então, condensar todas as discussões numa lei orgânica que deverá orientar a regulação e expansão do ensino superior.
A presidente da Andifes acredita que a superação desses entraves burocráticos facilitará o dia-a-dia das universidades, inclusive a decisão de contratar professores e funcionários. "Se isso não for resolvido, a autonomia fica com um grande discurso, mas que na prática não tem efeito", argumentou a reitora. Ela informou que também levará a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Ana Lúcia Gazolla, é preciso chegar a um acordo sobre o que será feito para expandir o número de vagas nas universidades e, para isso, será necessário planejar os instrumentos e metas parciais a fim de atingir metas de médio e longo prazo. "Essa é a nossa prosposta: metas de expansão, mantendo a qualidade e aumentando a inclusão", concluiu.