Nasi Brum
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo não vai injetar recursos a fundo perdido na solução da dívida da Varig. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, José Viegas, em audiência na Câmara dos Deputados para discutir a situação financeira da empresa. Ao chegar para a audiência, o ministro não quis comentar a situação da Vasp. Ele disse apenas que é um caso preocupante.
Viegas fez um balanço das ações do governo no sentido de ajudar o setor aéreo e disse que, com as medidas adotadas no ano passado, a ocupação nos aviões aumentou 15%, entre agosto de 2003 a setembro deste ano. No mesmo período, a lucratividade das empresas, que estava com déficit, apresentou recuperação de 4,4%.
O ministro reafirmou que o governo está disposto a negociar formas de manter a Varig funcionando, com seus vôos internacionais e sem demissões. Mas a solução para a dívida de quase R$ 7 bilhões não passará pela injeção de recursos públicos a fundo perdido ou intervenção. "O BNDES está disposto a criar linhas de financiamento para a Varig, em condições razoáveis", afirmou.
A Comissão de Desenvolvimento da Câmara aprovou um requerimento para que todos os setores da aviação civil participem de um debate no Congresso Nacional. De acordo com a deputada Yêda Crusius (PSDB/RS) a idéia é que participem as empresas de aviação, governo, parlamentares, associações de funcionários das empresas e representantes dos credores. O debate foi marcado para o próximo dia 20.