Fórum debate ensino superior privado no país

06/10/2004 - 10h23

Irene Lobo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (SEMESP), Gabriel Mário Rodrigues, questionou hoje a reforma universitária proposta pelo governo. "A gente sente que o atual governo tem uma meta muito fixa sobre a reforma do ensino superior", disse Rodrigues, no segundo dia do 6º Fórum Nacional do Ensino Superior Particular.

De acordo com o Censo 2002 do Ministério da Educação (MEC), o Brasil possui 1.637 instituições de ensino superior cadastradas. Destas, 12% são públicas e o restante é particular. No total, cerca de 3,5 milhões de alunos freqüentam algum tipo de curso superior. O número foi criticado por Gabriel Rodrigues, que afirmou que o desenvolvimento do país depende de pessoas preparadas. "Esse é o desafio porque o Brasil, em relação a países como Argentina, Venezuela e outros da América Latina, tem na idade universitária, de 18 a 24 anos, apenas 11% de sua população".

Na abertura do fórum, o secretário executivo do MEC, Fernando Haddad, disse a uma platéia formada por educadores, representantes do governo e da sociedade civil que é necessário alterar o marco regulatório do ensino superior para diminuir o conjunto de normas e regras que inibem a iniciativa privada e nem sempre aprimoram a educação superior.

O 6º Fórum Nacional: Ensino Particular Brasileiro será realizado até quinta-feira (7), na Academia de Tênis em Brasília, tendo como conferencistas nomes como os educadores Cláudio de Moura Castro e João Manuel Cardoso de Mello, os ex-ministros da Educação Paulo Renato de Souza e Jarbas Passarinho, o secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita e o senador Jorge Bornhausen, entre outros.