Maioria dos cursos de pós-graduação possui avaliação ''boa'' ou ''regular''

04/10/2004 - 18h42

Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Educação, Tarso Genro, destacou nesta segunda-feira que os números da avaliação trienal realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (Capes) em 1.819 programas de pós-graduação do país, foram satisfatórios e revelam a rápida evolução pela qual o sistema educacional no país passou até chegar a níveis de excelência. "A pós-graduação no país é um dos orgulhos do sistema educacional brasileiro", disse o ministro.

A maioria dos programas de pós-graduação (32,1%) tiveram desempenho bom, alcançando nota 4. Em seguida, 30,7% dos programas alcançaram nota 3, o que equivale a um desempenho regular, que atende aos padrões mínimos da entidade. Além disso, 136 programas alcançaram a nota 6 e 61 conseguiram a nota 7. Essas duas notas são consideradas as mais altas pela Capes, com qualidade e padrão internacional.

O ministro ressaltou ainda que a lista com os nomes dos cursos que poderão ser descredenciados não foi divulgada por uma questão de ética e de respeito para com as instituições e só será divulgada depois do prazo previsto pela Capes, em 60 dias. "Vamos aguardar os recursos e depois essa fotografia vai ser comunicada à sociedade com todas as conseqüências que isso determina", explicou ele.

Para o presidente da Capes, professor Jorge Guimarães, o quadro de evolução das notas e do desempenho dos programas de pós-graduação vem crescendo a cada análise. Ele lembrou que na última avaliação realizada pela Capes, no período de 1998-2001 4,5%, num total de 65 programas, tiveram de ser descredenciados e agora, esse número diminuiu chegando a 55, ou seja, 3% do total.

"A cada ano, a olimpíada identifica novos recordistas e novos atletas com bom desempenho. Isso é verdade, porque em muitos cursos e muitas áreas a gente não tinha um desempenho tão bem caracterizado", argumentou o professor.

Guimarães explicou que a intenção da Capes e do Ministério da Educação (MEC) será fortalecer os cursos de mestrado e doutorado com a elaboração do Plano Nacional de Pós-graduação 2005/2010 que está em andamento no ministério. De acordo com ele, o plano está sendo discutido com outros setores da produção científica nacional como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e com o Conselho Superior de Alta Tecnologia.

O objetivo seria apoiar a construção de uma política industrial voltada para a valorização da ciência, tecnologia e educação, colocando o Brasil como referência na produção de conhecimento mundial projetando o país, que hoje ocupa a 17ª posição no ranking dos países mais desenvolvidos. "Isso significa que somos um dos 20 maiores produtores de conhecimento do mundo e isso foi conquistado sem um horizonte comum definido", analisou.