Apex: participação do Brasil em 500 eventos no exterior gerou US$ 12 bilhões neste ano

04/10/2004 - 17h36

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex/Brasil), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, fechou, na última semana, contrato com uma consultoria da Polônia para analisar o mercado do Leste Europeu e prospectar negócios para empresas brasileiras em quinze setores.

Segundo Juan Quirós, presidente da Apex, hoje a agência utiliza 20 consultorias internacionais, com foco nos mercados da Rússia, China, Índia, África do Sul, Oriente Médio, Sudeste Asiático, Países Escandinavos, Leste Europeu, México, Países Andinos, Estados Unidos e Europa.

Com o apoio dessas consultorias, a agência promove as chamadas ações de inteligência comercial, que incluem missões empresariais e grandes eventos de exposição de produtos brasileiros no exterior. "O mais difícil não é exportar, é consolidar o mercado e o pós-venda. O que deve ser feito por meio de ações de inteligência comercial coordenadas com o setor privado", explicou Quirós.

A Apex deve encerrar 2004 com um balanço de 500 eventos internacionais, dos quais participaram 13.522 empresas, com exportações no valor de US$ 12 bilhões. Apenas nos Estados Unidos, foram promovidos 92 eventos. Quirós destacou uma ação realizada em 700 supermercados da França - o contrato de um ano fechado com a rede de supermercados Carrefour - para a venda de frutas brasileiras no mundo todo.

Ele também citou uma parceria com as Galerias Lafaiete; uma exposição de três semanas na rede de lojas inglesas Selfridged e com a rede El Corte Ingles espanhola. Só a rede Selfridged, segundo Quirós, adquiriu US$ 6 milhões em produtos brasileiros. Ele lembrou a recente Semana de Moda Brasil-Rússia, que promoveu, no final de setembro em Moscou desfile de moda, recepção e mostra de música e filmes brasileiros, além de rodada de negócios.

O presidente da Apex informou que viaja na próxima quarta-feira ao exterior, com destino inicial ainda indefinido, para acertar detalhes para a criação de centros de distribuição de produtos brasileiros no exterior. Já estão definidos centros em Miami (Estados Unidos), Frankfurt (União Européia), Johannesburgo (África), Xangai (China e sudeste asiático) e Polônia (Leste Europeu).

Quirós participou hoje do painel Oportunidades Independentes para Assinatura de Acordos Comerciais, dento do seminário Negociações Internacionais: o Maior Risco é não Conhecer, na Câmara Americana de Comércio de São Paulo.