São Paulo, 30/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - Mais sete acordos foram firmados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Um total de 49 empresas dos grupos 9 e 10 da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) firmaram cartas-compromisso que garantem reajuste salarial de 9,57% a partir de 1º de setembro. Os empresários também se comprometeram a pressionar os sindicados patronais para que reabram negociações com a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT.
Fecharam acordos hoje as empresas Irmãos Belieri, PSC Montini e Marro Máquinas e Quimis, do Grupo 9. Do grupo 10, firmaram acordos Cofasa, Indusmol e Astan. Permanecem em greve os metalúrgicos da Pirelli Cabos, de Santo André
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, algumas empresas não estão assinando as cartas-compromisso, mas estão aceitando conceder o reajuste 9,57% a partir de 1º de setembro. Entre elas estão a Backer, de São Bernardo, e a Brasmetal, de Diadema.
Também na tarde de hoje foi realizada audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), referente ao pedido de julgamento da greve feito pela Ausbrand. O TRT sugeriu que a empresa antecipe a data-base para setembro e dê 4% de aumento real mais a reposição integral da inflação do período (novembro de 2003 a agosto de 2004). A empresa concordou com a proposta, que será apresentada amanhã aos trabalhadores pelo diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos, José Paulo da Silva Nogueira.
Na avaliação de Nogueira, a decisão é uma conquista de toda a categoria. "A sugestão do Tribunal Regional do Trabalho, aceita pela empresa, consolida a reivindicação dos metalúrgicos do ABC pela mudança da data-base," afirma.
A pauta de reivindicações dos trabalhadores inclui antecipação da data-base de novembro para setembro, reposição integral da inflação do período mais aumento real (no caso das empresas dos grupos 9, 10 e Fundição, é inflação dos últimos 10 meses, devido à antecipação da data-base), limite de horas extras e o direito do sindicato fiscalizar as empresas (terceirizadas) que prestam serviços dentro das indústrias.