Christiane Peres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As famílias que participam dos programas sociais do governo (Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás) devem atualizar seu cadastro até o dia 20 de novembro para que possam migrar automaticamente para o Bolsa Família. Com a atualização, elas podem receber ainda este ano os benefícios do programa. O maior esforço se concentra nas mudanças do Bolsa Escola, que tem hoje 3,4 milhões de famílias beneficiadas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, todas devem ser migradas até 2006.
De acordo com diretor de Gestão do programa, Sérgio Paganini, esse empenho traz dois pontos importantes para os municípios. "Quando as famílias passarem para o Bolsa Família vão receber três vezes mais do que recebiam antes. A média nacional do programa é de R$ 75. O outro ponto é a vantagem que isso representa para a economia dos municípios, principalmente para os pequenos", disse.
Ele ressaltou que a "injeção na economia local" se transforma em consumo e geração de riqueza, o que alimenta o desenvolvimento nessas comunidades. "O maior estímulo para que todos façam essa atualização é justamente a possibilidade de atender melhor as famílias, ou seja, as famílias receberem uma transferência de benefícios maior e esse recurso alimentar e servir o desenvolvimento da economia".
Para ajudar nesse trabalho o governo federal conta com a contribuição dos governos estaduais, que atuarão como coordenadores dessa ação em seus territórios. "Nós estamos orientando todas as prefeituras como proceder. Já mandamos uma carta e agora estamos remetendo um folheto informativo e a instrução operacional", disse Paganini.
Os municípios que não conseguirem fazer a atualização de dados das famílias poderão fazê-lo no decorrer do próximo ano. As famílias que ingressam no Bolsa Família assumem dois compromissos: manter as crianças de 6 a 15 anos na escola, com freqüência maior que 85% e fazer com que crianças de 0 a 7 anos façam o acompanhamento de saúde.
"O acompanhamento é feito por meio das informações que são repassadas pelos municípios. No início de novembro terá um sistema que será alimentado com a freqüência escolar. Na saúde, a informação será enviada pelo Serviço de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)", explicou.