Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo quer acabar com os impostos sobre os livros para diminuir o preço e aumentar o número de livrarias. As primeiras medidas serão anunciadas no fim de novembro, quando vai ser lançado o Plano Nacional do Livro, Leitura e Biblioteca – Fome de Livro. Para colocar em prática as ações, será criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Leitura.
Desde o início do ano, o assunto vem sendo discutido entre os ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Cultura, Educação, Ciência e Tecnologia, Comunicação, Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Agrário e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). sob coordenação do Ministério da Cultura. "Estamos estudando uma forma de exonerar a produção de livros de impostos para fazer com que cresça a possibilidade de acesso ao livro e assim ter mais gente lendo", afirma o coordenador do plano, Galeno Amorim.
O brasileiro lê, em média, 1,8 livro por ano. Os colombianos lêem 2,4 a cada ano. A média na Inglaterra é de 4,9 e nos Estados Unidos de 5,1 livros. Já os franceses lêem sete livros por ano. "Queremos criar um grande impacto para os próximos 20 anos e ir, aos poucos, mudando esse cenário no Brasil", explica Amorim.
A edição de cada livro, no Brasil, tem, em média, dois a três mil exemplares, "um número menor que há 10 anos atrás", ressalta o coordenador. O governo também quer aumentar esse número. Para estimular as vendas, o plano prevê a abertura de mil novos pontos de venda e financiamentos para editoras. "Se as tiragens crescerem, o preço cai", aposta Amorim.