Cartilha alerta eleitor gaúcho para a importância do voto

30/09/2004 - 18h17

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre - A regional da Cáritas no Rio Grande do Sul confeccionou mais de 10 mil exemplares da cartilha "Eleições Municipais 2004 - Afirmando Cidadania, Construindo Democracia", para conscientizar os eleitores gaúchos da importância do voto neste pleito. O documento foi distribuído para todo o interior do estado e pode ser adquirido nas dioceses regionais da entidade e da CNBB ao preço de um real.

Segundo a coordenadora da entidade no estado, Loiva Mara de Oliveira Machado, o objetivo é despertar a participação da população no momento decisivo pelo qual o país e os municípios estarão passando neste domingo.

"A cartilha representa o esforço de mutirão das entidades cristãs para despertar a participação da sociedade civil nas definições das políticas públicas, nos conselhos, fóruns e em todo o processo de mobilização popular. Ela expressa a luta pela estatização dos direitos sociais, firmados em lei, mas que necessitam de todo um processo para ser colocada em prática", afirma.

Loiva explica que o mais importante no contexto da cartilha é a Lei 9.840 (Lei contra a corrupção eleitoral), fruto da iniciativa e mobilização popular, que surgiu da coleta de 1,3 milhão de assinaturas, aprovada em 1999. "Hoje, segundo o Mapa de Cassações no Brasil, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, existem mais de 100 políticos, entre vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, cassados no país. No Rio Grande do Sul foram sete cassações", disse.

A cartilha, criada por iniciativa das pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em conjunto com outras igrejas e organizações ecumênicas, recomenda, ainda, que é preciso ficar atento nas promessas dos candidatos para ver se elas estão em sintonia com as necessidades e com a realidade do povo. "Além do voto, é necessário continuar vigilante, fiscalizando o mandato, exercendo o controle social, participando do orçamento, discutindo as verbas públicas", alerta Loiva Mara.