Daniel Dutra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Convidadas pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST),Vantuil Abdala para discutir o fim da greve, que já dura 16 dias, as lideranças dos bancários apresentaram hoje as reivindicações da categoria, a principal delas o reajuste de 25% nos salários. .

Para resolver o impasse, Abdala garantiu que vai convocar representantes da Fenaban e dos bancos públicos para dialogar. "O objetivo do encontro é promover um diálogo com a classe patronal, para haver uma troca de idéias. Assim, teremos condição de fazer uma avaliação melhor do conflito, para que logo em seguida possa haver uma reunião de ambas as categorias", afirmou.

Apesar de decretar a continuidade da greve, o presidente da Confederação Brasileira dos Bancários, Vagner Freitas de Moraes, disse que aceita negociar. "A greve continua forte e organizada. Entretanto, saímos da reunião com a esperança de que os patrões aceitem a negociação para darmos uma resposta à sociedade brasileira".

Além das reivindicações, foram discutidos os problemas que os grevistas estão encontrando. "Nós denunciamos a violência que estamos sofrendo por parte da Polícia Militar nos estados. Não se acaba uma greve com repressão", afirmou Moraes.

Os bancários também fizeram críticas a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do estado de São Paulo, que determinou na quarta-feira que apenas 40% dos funcionários poderiam paralisar as atividades. "Ações como essa atemorizam os grevistas e vai contra e lei de greve. Nossa intenção não é criar crise com a Justiça, mas resolver o processo da greve com democracia e negociação".