Utilização da capacidade instalada perto do limite não preocupa, diz Fiesp

24/09/2004 - 18h21

Fabiana Uchinaka
Repórter Agência Brasil

São Paulo - A utilização da capacidade instalada perto do limite em muitos segmentos da indústria paulista não preocupa o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Cláudio Vaz. Para ele, setores da área química e petroquímica, de celulose e de siderurgia precisam de "investimentos de vulto", mas segmentos da área de transformação ainda apresentam capacidade ociosa.

"A possibilidade de crescimento da produção se dá com investimentos mais localizados de ‘desgargalamento’ e eventualmente apenas com o aumento do turno de trabalho", diz Vaz.

Ele acredita que as dificuldades existem por causa da oneração tributária, que não estimula os investimentos. "Embora a questão da desoneração ainda não seja satisfatória, com a recuperação do PIS/Cofins em prazo mais curto e a depreciação acelerada, juntando a queda do IPI, a situação melhora. As medidas anunciadas pelo governo aliviam, mas agora precisamos tratar da mesma questão no ICMS", diz.