Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - A desapropriação dos engenhos da Usina Aliança, na Zona da Mata de Pernambuco, será discutida hoje pelo ouvidor agrário nacional, Gercino da Silva, e a superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado, Maria de Oliveira, com representantes do Ministério Público, justiça, governo estadual, trabalhadores rurais e movimentos sociais. Durante a reunião também serão apresentadas propostas para solucionar os conflitos agrários existentes nos 22 engenhos do complexo Aliança.
Fechada há sete anos em função do acúmulo de uma dívida de US$ 250 milhões, a Usina Aliança possui área de 7.200 hectares. O imóvel foi declarado improdutivo pelo Incra desde 1999.
No engenho Sirigi, que pertence à usina, a situação é tensa. Cerca de 45 famílias de trabalhadores rurais estão para ser despejados de suas moradias por causa de liminar de reintegração de posse da área concedida pela juíza Luciana Maranhão, da comarca de Aliança, em favor do proprietário das terras José Guilherme Queiroz.
O Incra já desapropriou seis engenhos da Usina Aliança e outros 16 estão em fase de análise.