São Paulo, 24/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Planejamento, Guido Mantega, assegurou que o aumento da meta de superávit primário de 4,25% para 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano não representará cortes de gastos nos investimentos do governo federal. O ministro informou que o orçamento deste ano deverá atingir R$ 418 bilhões, ao invés dos R$ 406 bilhões inicialmente previstos. Dos R$ 418 bilhões, o governo deverá economizar R$ 4 bilhões, disse Mantega.
"Portanto, houve uma expansão de receita e também de investimentos, de gastos do governo", disse o ministro, que esteve em São Paulo para uma reunião com empresários espanhóis.
Para 2005, também não há perspectivas de redução dos investimentos, assegurou o ministro. Mantega informou que os gastos com investimentos têm aumentado desde 2003. "Ano passado tivemos um volume mais modesto. Devemos terminar 2004 com cerca de R$ 13 bilhões em investimentos, incluindo os recursos liberados para saneamento. Para 2005 teremos mais do que isso", afirmou.
Mantega reiterou, no entanto, que o volume de recursos federais para investimentos não será suficiente para as necessidades do país, principalmente na área de infra-estrutura. Por isso, o ministro afirmou que o governo irá se empenhar para aprovar no Congresso o projeto das parcerias público-privadas (PPPs) até o final do ano.
"Vamos aprovar ainda este ano o projeto das PPPs. Vamos fazer um esforço concentrado depois do primeiro turno da eleição. Vamos fazer audiências públicas para debater um pouco mais e dar andamento às votações. Acredito que até o final do ano tenhamos o projeto aprovado", afirmou o ministro.