Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A dívida líquida do setor público totalizou R$ 941,3 bilhões no mês de agosto, com redução nominal de R$ 4,4 bilhões em relação aos R$ 945,7 bilhões contabilizados em julho, de acordo com relatório mensal sobre "Política Fiscal", divulgado hoje pelo Departamento Econômico do Banco Central.
Os números contribuíram para a redução de 0,9 ponto percentual na relação entre a dívida líquida e o Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, a relação dívida/PIB caiu de 55% para 54,1% no mês, e está bem mais baixa que a equivalência de 58,7% registrada em dezembro do ano passado.
Isso foi possível porque o resultado primário de R$ 10,9 bilhões e o impacto de R$ 7 bilhões da apreciação (valorização) cambial mais do que compensaram a saída de R$ 11,6 bilhões de juros da dívida em agosto - item ligeiramente superior aos R$ 11,4 bilhões de julho.
No ano, foram transferidos R$ 83,8 bilhões em juros apropriados, o que equivale a 7,7% do PIB. Em igual período do ano passado foram R$ 102,4 bilhões - 10,4% do PIB de então. A redução decorre, basicamente, dos menores níveis da taxa básica de juros.
A dívida bruta do governo geral, que inclui governos regionais e INSS, ao contrário, aumentou de R$ 1,288 trilhão, em julho, para R$ 1,291 trilhão, em agosto. O comprometimento do PIB caiu de 74,9% para 74,3%, por causa da apreciação (valorização) cambial, da expansão do PIB e do superávit primário de R$ 10,931 bilhões alcançado no mês pelos três níveis de governo e empresas estatais.
Enquanto o governo central contribuiu com saldo de R$ 3,8 bilhões, os governos regionais somaram R$ 1,6 bilhão e as estatais entraram com R$ 5,5 bilhões. Com isso, o superávit acumulado no ano subiu para R$ 63,7 bilhões (5,8% do PIB).