Petrobras rebate acusações da CNBB sobre poluição das águas e enumera avanços

22/09/2004 - 19h08

Rio, 22/9/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Petrobras contestou o relatório "O Estado Real das Águas no Brasil", que esta sendo divulgado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), argumentando ter registrado no ano passado "um dos mais baixos volumes de óleo vazado de sua história", o que a coloca "como referência, nesse aspecto, entre todas as grandes empresas de petróleo do mundo".

Segundo a Petrobras, esta é "a parte mais visível de uma grande transformação ocorrida na companhia, em decorrência da implementação, a partir de 2000, do Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional (Pegaso)".

Nos últimos quatro anos, informa a estatal, o programa recebeu R$ 6,1 bilhões, sendo que no somente no ano passado os investimentos no Pegaso totalizaram R$ 2,3 bilhões, contemplando desde a automação de dutos, montagem e manutenção de forte esquema de contingência até ações para a redução e tratamento de emissões, resíduos e efluentes em todas as unidades da empresa.

Sobre os cinco pontos críticos em que a empresa seria responsável pela poluição de rios e córregos, apontados no relatório da CNBB, a estatal rebate: "No caso especifico do vazamento de mercúrio no Rio Iguaçu, foram constatadas algumas ocorrências apenas em áreas internas da empresa, questão completamente diagnosticada, inclusive com a ajuda de consultoria internacional. Em Araucária, a área do arroio Saldanha, contribuinte do Iguaçu, afetada por um vazamento em 2000, já está completamente remediada".

No Aterro Mantovani, a Petrobras nega ter depositado resíduos no local, e alega que foi envolvida no processo porque uma das prestadoras de serviços da companhia (no caso, a Lubrinasa) utilizou o aterro para disposição de resíduos oriundos de seu processo industrial.

Quanto à Refinaria de Manaus (Reman), os resíduos existentes foram tratados adequadamente, de acordo com a Petrobras, "tendo a empresa construído uma central de armazenamento temporário dentro dos mais exigentes padrões de segurança ambiental".

Em relação à Refinaria de Paulínia (Replan-SP), "trata-se da nossa refinaria mais auditada, mais exigida, mais controlada pela Cetesb e, portanto, uma das mais bem gerenciadas do ponto de vista ambiental. Nos últimos dois anos, investimentos de mais de R$ 35 milhões foram efetuados no tratamento de resíduos", informa a Petrobras.